Metallica fez o melhor show do Rock In Rio até agora. Foto: Photo Rio News
Acabou-se o primeiro fim de semana do Rock In Rio 2011. Apesar de não ter acompanhado tudo que gostaria do tão divulgado evento, reservo-me a citar alguns tópicos. Com alegria, cito que o Metallica (foto acima) foi a melhor apresentação até agora dessa edição do evento. Digo a alegria, pois em um Rock In Rio, nada mais correto do que o melhor estilo ser o que dá nome a tudo isso. Como ponto negativo, destaco a pouca expressividade do atual guitarrista do Red Hot Chili Peppers, Josh Klinghoffer.
O Metallica demonstrou bem como fazer uma plateia gigantesca se animar. Grandes sucessos bem executados como "For Whom The Bell Tolls" e "Ride The Lightning" fez a alegria dos fãs, que já haviam escutado o som pesado do Slipknot, com suas máscaras assombrosas e sua música de nu metal, da qual sinto falta uns solos de guitarra em meio a batidas de tambores e riffs não valorizados.
O show do Slipknot não foi ruim, mas não se compara à qualidade demonstrada pelo Metallica. Qualidade essa que pode ser conferida em DVDs anteriores do grupo como o "Orgulho, Paixão e Glória", gravado no México em 2009. Com algumas pirotecnias, o grupo formado por James Hetfield, Kirk Hammet, Robert Trujillo e Lars Ulrich dificilmente decepciona.
Ao contrário do Red Hot Chili Peppers. A principal atração do Palco Mundo, de sábado, já é conhecida por muitos de não fazer shows excepcionais. Bastante ligado ao carisma, o grupo perdeu muito com a saída do antigo guitarrista John Frusciante. O atual Josh Klinghoffer não consegue transmitir a mensagem ao tocar as mesmas músicas de Frusciante. Isso fica evidente ao vivo.
O baixista Flea é o melhor instrumentista do Red Hot Chili Peppers e não decepciona ao vivo. O baterista Chad Smith não é tão bom quanto outros musicistas de seu instrumento, mas também não causa problemas. O vocalista Anthony Kiedis nunca foi um exímio da voz, sendo que no início fez mais fama por suas estripulias no palco do que pela qualidade vocal. Mas sem Frusciante,
definitivamente, o Red Hot Chili Peppers não é o mesmo.
Red Hot Chili Peppers do vocalista Anthony Kiedis não é a mesma coisa sem Frusciante
Ponto positivo também para o Capital Inicial que tocou na noite de sábado. Com o carisma do vocalista Dinho Ouro Preto e seus grandes sucessos dignos de uma das maiores bandas nacionais de rock da atualidade, dificilmente a banda desagradaria. Eles fizeram todo mundo pular ao tocar a clássica "Should I Stay or Should I Go", do The Clash, e conseguiu um coro de 100 mil pessoas no super hit "Primeiros Erros", originalmente de Kiko Zambianchi. A música "Veraneio Vascaína", de composição própria dos anos 1980, foi muito bem executada e deu o ar que um evento desses merece.
Da outra principal atração, Elton John, não posso falar muito. Digo que tenho respeito pelo tempo de estrada de uma das grandes figuras do pop mundial de todos os tempos e é merecido que tenha destaque tão grande em um evento desses.
Alguns nomes colocados no Palco Mundo, o principal do Rock In Rio, são discutíveis. Do primeiro dia, eu tiraria a Claudia Leitte dali e puxaria a Joss Stone do palco secundário do dia 29 de setembro, quinta-feira. No domingo, trocaria a Gloria, uma banda nacional de metal gritado sem muita expressão, pelo Sepultura, que injustamente tocou no Palco Sunset. Ainda nesse dia do metal, dava para tirar o Coheed And Cambria do espaço principal e colocar o Angra com a Tarja Turunen do palco secundário.
Os próximos dias de Rock In Rio prometem coisa boa. Na quinta-feira, dia 29, tem Stevie Wonder e Jamiroquai. Não me interesso por Ke$ha, que acredito deva ser um dos shows mais fracos do Palco Mundo. Na sexta-feira, tem o pop bem feito de Shakira e Lenny Kravitz. Marcelo D2, Jota Quest e Ivete Sangalo devem fazer boas apresentações, mas já são caras bem conhecidas dos eventos nacionais. (Ivete Sangalo é BEM melhor que Claudia Leitte, na minha opinião).
A noite de sábado, 1° de outubro, tem tudo para ser bem parada. Tendo Coldplay como atração principal e Maroon 5 também no Palco Mundo, as coisas devem ficar bem calmas mesmo. Eu colocaria essas bandas em um domingo.
Capital Inicial fez o melhor show do primeiro sábado do Rock In Rio
No dia 2 de outubro, o Rock In Rio tem tudo para acabar em grande estilo com Evanescence, System Of A Down e Guns N Roses. As três bandas são conhecidas por bons discos de estúdio (o novo Guns N Roses talvez nem isso) e por shows nem tanto. Dizem que a vocalista Amy Lee não consegue cantar as músicas tecnicamente difíceis ao vivo. Parece que o System Of A Down fica meio "apagado" sem as técnicas de controle de som de estúdios e Axl Rose atualmente está muito longe do que já foi um dia. Por mais que dê tudo errado, pelo menos o evento terá seu fim rodeado de polêmicas apresentações.
Antes que alguém reclame de minhas opiniões, digo que gosto da grande maioria dos artistas aqui citados e gostaria de vê-los ao vivo. Não pude ir ao Rock In Rio por vários motivos, de financeiro a compromissos de trabalho, mas tenho acompanhado o evento.
Dicas de músicas de alguns artistas citados:
Metallica - "Nothing Else Matters" e "Enter Sandman"
Red Hot Chilli Peppers - "Universally Speaking" e "Under The Bridge"
Capital Inicial - "Como Se Sente" e "Veraneio Vascaína"
Sepultura - "Territory" e "Roots Bloody Roots"
Joss Stone - "Fell In Love With A Boy" e "Super Duper Love"
Angra - "Nova Era" e "Angels and Demons"
Stevie Wonder - "Superstition" e "Higher Ground"
Shakira - "Rabiosa" e "Ciega, Sordomuda" (versão do Unplugged MTV)
System Of A Down - "Aerials" e "Toxicity"
Guns N Roses - "November Rain" e "Welcome to the Jungle"
Nenhum comentário:
Postar um comentário