segunda-feira, 16 de novembro de 2009

"Ainah - A Estrela das Águas"

fotos: Renato César Ribeiro

"Ainah - A Estrela das Águas" é uma fábula musical apresentada pelos formandos do curso de Licenciatura em Música da Escola de Músicas e Belas Artes do Paraná (Embap) nesse ano de 2009. Com a direção musical de Renan Gabriel Pinheiro Gonçalves e coordenação geral da professora Jaira Paiva Perin, chefe do Departamento de Disciplinas Pedagógicas, o espetáculo não deve nada a qualquer outro apresentado seja em Curitiba ou em qualquer outra cidade de Joinville.

A peça foi apresentada na Capela Santa Maria, em Curitiba, (local da foto acima) nos dias 6 e 7 de novembro, às 15h30min e às 20 horas respectivamente. No dia 11, a encenação ocorreu no Auditório Paul Garfunkel da Biblioteca Pública do Paraná também na capital do estado. Nesta quarta-feira, dia 18, o evento está marcado para às 20 horas no Auditório Bento Mossurunga, na Escola de Música Belas Artes do Paraná, na mesma cidade.

Com um quarteto de cantoras afinadíssimo, composto por Caroline Caregnato, soprano; Vivian Schwaner, soprano; Renata Gorosito, soprano, a Ainah; Jaqueline Herberts, mezzo-soprano, a peça encanta pela leveza transpassada. A história conta ainda com um coral que invade o palco em duas faixas para dar aquela grandiosidade ao evento.

Apesar de ser uma peça de final de curso de estudantes, ela poderia ser encenada mais vezes e viajar o País. O público de todos os cantos do Brasil merecem ter o privilégio de ter um espetáculo dessa leveza e beleza em seus teatros.



Dados do espetáculo

Ainah - A Estrela das Águas

Autor: Carlos Alberto Assis
Ainah: Renata Gorosito
Airequecê Jaci: Felipe Augusto Barsch
Índias: Caroline Caregnato, Jaqueline Herberts e Vivian Schwaner
Direção Musical: Renan Gabriel Pinheiro Gonçalves
Direção Artística: Amanda da Silva e Renata Gorosito
participações especiais: Gabriel Gorosito e Wagner Adriano de Cristo
Cenário: Caroline Caregnato
Figurino: Amanda da Silva, Caroline Caregnato e Carla Justus
Ilustração: Caroline Caregnato
Projeto Gráfico: Ivana Lima
Coordenação Geral: Jaira Paiva Perin

Agradecimentos: Sueli Peixoto de Alencar, Ivana Lima, Haydée Gorosito, Jovita Nascimento Malachini, Gabriel Gorosito, Wagner de Cristo, Rafael Guedes, Flavio Cantador Coimbra.

Programa

ABERTURA
Flautim: Danielle Costa Zarur
Flauta transversal: Lilian Kroker
Violino: Daniela Reinhardt Schäfer, Adriane Ribas, Amanda da Silva, Dilza Helena Kjellin, Patrícia Girardeli Jardim
Trompete: Anderson Moraes de Paula, Edison Soncini de Lima, Cleber Cardoso Bittencourt
Sax tenor: Elizeu da Silva
Trombone: José Galdino Silva Filho
Violão: Paulo Jurandir Ferreira
Teclado: Germano Roque Stein
Piano: Bibiana Bragagnolo
Baixo: Renan Gabriel Pinheiro Gonçalves

INTRODUÇÃO
Trompete: Cleber Cardoso Bittencourt, Anderson Moraes de Paula, Edison Soncini de Lima

SABIÁ
Flauta transversal: Lilian Kroker

CAI A TARDE
Piano: Carla Justus
Coro

LUA, LUA (canção de Caetano Veloso)
Soprano: Caroline Caregnato, Vivian Schwaner, Renata Gorosito
Mezzo-soprano: Jaqueline Herberts
Flauta transversal: Lilian Kroker
Violino: Daniela Reinhardt Schäfer, Adriane Ribas
Flauta transversal: Danielle Costa Zarur

MENINA
Barítono: Felipe Augusto Barsch
Violino: Daniela Reinhardt Schäfer, Adriane Ribas, Amanda da Silva
Piano: Tiago Gulmine da Silva
Baixo: Renan Gabriel Pinheiro Gonçalves
Bateria: Flavio Cantador Coimbra

É TUDO ILUSÃO
Soprano: Caroline Caregnato, Vivian Schwaner
Mezzo-soprano: Jaqueline Herberts
Sax: Elizeu da Silva
Baixo: Renan Gabriel Pinheiro Gonçalves
Bateria: Flavio Cantador Coimbra

CANÇÃO DE AINAH
Soprano: Renata Gorosito
Piano: Germano Roque Stein

ELEGIA PARA A MORTE DE AINAH
Trombone: José Galdino Silva Filho
Piano: Kelly Duck

FINAL
Violino: Adriane Ribas
Flauta transversal: Danielle Costa Zarur, Lilian Kroker
Piano: Tiago Gulmine da Silva
Coro

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Ray Charles - "20 Super Sucessos"


A princípio, é de se duvidar desses CDs que normalmente estão em promoção, destas coletâneas, como essa "20 Super Sucessos". Mas Ray Charles é sempre Ray Charles. É garantia de grandes canções. E nessas 20 faixas, há várias delas. Começando pela primeira: "I Can't Stop Lovin' You". Essa é aquela mesma que todo mundo conhece. Em seqüência, mais uma das bem românticas: "Baby, It's Cold Outside".

Provavelmente o grande clássico de Ray Charles está na terceira faixa: "Georgia On My Mind". A canção dançante da época é como "Unchain My Heart", que ganhou uma excelente seqüência no filme "Ray", de 2004, do diretor Taylor Hackford, com o premiado pelo Oscar Jamie Foxx no papel título. Outra marcante canção é a inspirada "Ruby".

Quem gosta de um som mais agitado pode tocar o hit "Hit The Road Jack". Nessa coletânea, foram incluídos algumas versões de músicas dos Beatles: "Eleanor Rigby" e "Yesterday". No CD dá para perceber bem as faixas das diversas fases, inclusive na voz do cantor. "20 Super Sucessos" de Ray Charles fecha em alto astral com "Baby Let Me Hold Your Hand".

Dados do álbum

Cantor: Ray Charles
Nome: 20 Super Sucessos
Seleção de repertório: Assis Cavalcanti

Músicas
1. I Can't Stop Lovin You
2. Baby, It's Cold Outside
3. Georgia On My Mind
4. Cry
5. Unchain My Heart
6. Ruby
7. Stella By Starlight
8. Hit The Road Jack
9. Eleanor Rigby
10. People
11. Yesterday
12. Your Cheatin' Heart
13. Sweet Memories
14. That Lucky Old Sun Just Rolls Around Heaven
15. All To Myself
16. I'm Going Down To The River
17. I Wonder Who's Kissing Her Now
18. C.C.Rieder
19. Kiss Me Baby
20. Baby Let Me Hold Your Hand

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

"Wall-E"


Ultimamente, as melhores produções lançadas são, em geral, animações. "Procurando Nemo", de 2003, "Monstros S.A.", de 2001; e "Os Incríveis", de 2004, são alguns exemplos disso. Dentro dessa linha, surge o vencedor do Oscar de melhor animação desse ano: "Wall-E". Lançado em 2008, o filme conta a história do último remanescente de uma espécie de robôs que tem a tarefa de limpar. Sozinho no mundo, ele faz o seu trabalho diariamente. Sua "vida" muda quanto um novo ser de metal aparece, intitulado "Eva", e ele se apaixona.

"Wall-E" ganha já por seus gráficos visuais. O pessoal comandado pelo diretor Andrew Stanton, de "Procurando Nemo", "Ratatouille" e todos os principais lançamentos da Pixar, está melhorando cada vez mais suas técnicas. As imagens estão cada vez mais deslumbrantes. É isso que vemos em "Wall-E".

Porém a produção não se limita ao visual. A história vai contagiando o espectador, que se sente cada vez mais interessado pelo que acontece. Os produtores conseguiram introduzir bem a ideia de mundo do futuro, são 700 anos à frente, como se descobre depois. Quem assiste consegue adentrar ao universo do robozinho e entender como as coisas acontecem de uma forma bem fácil.

Fica nítido o espanto do robô ao receber a visitante Eva. De uma forma rápida, direta e bem funcional, o enredo se desenvolve sem atropelos e sem "encher linguiça". Wall-E sofre uma profunda transformação em seu mundo, inclusive quando o contato com os humanos surge.

Aliás, o futuro do ser humano é algo bem possível. Em 700 anos, as pessoas teriam deixado de caminhar, sendo transportadas por uma espécie de cadeira de rodas sem rodinhas. Tudo que se pede, um robô traz. A alimentação se torna um líquido pastoso com os nutrientes necessários.

Sem mobilidade, as pessoas se tornam obesas. Com o desenvolvimento das tecnologias, todos andam com mini-telas em sua frente, em que entram em contato com seus amigos. E, assim, deixam de prestar atenção ao seu mundo. É um futuro de certa forma sombrio, mas apresentado de uma forma bem leve, afinal, essa é uma produção infantil.

Existe a crítica em relação ao futuro do planeta Terra, que se tornou um imenso lixão, assim como as milhares de bugigangas tecnológicas na órbita do planeta. É tudo bastante possível. Dá para perceber que o que é mostrado no filme realmente pode acontecer.

Então, diante da excelente qualidade visual, incluindo um enredo interessante e bem desenvolvido, e ainda somando uma crítica contundente apresentada de forma leve, o filme "Wall-E" é uma interessante escolha. Não é preciso ter filhos para gostar. Recomendável para crianças e adultos.

Dados do filme

"Wall-E"

título original: "Wall-E"
gênero: animação
duração: 98 minutos
ano de lançamento: 2008
direção: Andrew Stanton

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Led Zeppelin - "Physical Graffiti"


Após a gritaria dos primeiros discos e a euforia do super badalado álbum de 1971, que tem "Stairway to Heaven", e ainda a continuação disso em "Houses Of The Holy", de 1973, o Led Zeppelin surgiu com um som mais maduro. Em, "Physical Graffiti", de 1975, a banda demonstra coesão e controle no que quer tocar. As músicas são bem trabalhadas e o guitarrista Jimmy Page guardou suas pirações na guitarra para os shows.

O quinto álbum dos ingleses é duplo inclusive em sua versão em CD. Interessante notar que além das músicas inéditas, como "In The Light", o Led Zeppelin inclui canções mais antigas, como "The Rover", e até que já estiveram em outros discos como "Houses Of The Holy".

O grande destaque do álbum é a épica "Kashmir". Com seus mais de oito minutos de duração, a canção é grandiosa em sua sonoridade, com direito a orquestra e tudo. "Kashmir" serviu para Puff Daddy criar a sua "Come With Me" para a trilha sonora do filme Godzilla, de 1998.

"In My Time Of Dying" é outra das principais faixas do disco duplo com 11 minutos. "Trampled Under Foot" mostra uma outra sonoridade do grupo composto à época por Robert Plant, vocal; Jimmy Page, guitarra; John Paul Jones, baixo e teclado; e John Bonham, bateria.

Especialmente no segundo disco, o Led Zeppelin experimenta novas sonoridades. Chega perto da country music em "Down By The Seaside". Faz um trabalho instrumental em "Bron-Yr-Aur".

Uma diferença clara no som é que o vocalista parou de gritar tanto quanto nos sucessos passados. É bem possível que suas cordas vocais já demonstrassem sinais de cansaço. Hoje, em 2009, Robert Plant mal consegue alcançar as mesmas notas.

Dados do álbum

Banda: Led Zeppelin
Nome: Physical Graffiti
Ano: 1975
Produtor: Jimmy Page

Músicas

Disco 1
1. Custard Pie
2. The Rover
3. In My Time Of Dying
4. Houses Of The Holy
5. Trampled Under Foot
6. Kashmir

Disco 2
1. In The Light
2. Bron-Yr-Aur
3. Down By The Seaside
4. Ten Years Gone
5. Night Flight
6. The Wanton Song
7. Boogie With Stu
8. Black Country Woman
9. Sick Again

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Michael Jackson - "Thriller 25th Anniversary Edition"


Talvez não seja novidade, mas o que "Thriller - 25th Anniversary Edition" tem de melhor foi lançado em 1982, ou seja, o conteúdo do álbum original. O vocalista do Black Eyed Peas, Will.I.Am ficou responsável por algumas das novas versões dos antigos sucessos, assim como Akon e Kanye West produziram as faixas em que participam. A questão é que não há nada a fazer para melhorar o som original. Então, o resultado dessa comemoração de 25 anos de lançamento do disco mais vendido de todos os tempos é uma queda na qualidade.

O disco "Thriller" da década de 1980 está todo aí, incluindo os mega sucessos "Thriller", "Beat It" e "Billie Jean"; assim como as outras canções de destaque como "Wanna Be Startin' Somethin'" e "The Girl Is Mine", com participação especial do beatle Paul McCartney.

Terminadas as nove faixas originais, e o fim do melhor conteúdo do disco, a voz grave de Vincent Prince, aquela famosa do sucesso "Thriller", funciona como uma introdução para as novidades. A primeira é a única que tocou em rádios e é a melhor: "The Girl Is Mine 2008", com Will.I.Am. O black eyed pea preenche bem.

Já "P.Y.T. (Pretty Young Thing)" surge irreconhecível. É outra música, inclusive nos vocais de Michael Jackson daquela época, e também tem o toque de Will.I.Am. Akon participa e produz a versão "Wanna Be Startin' Somethin' 2008" sem muito a melhorar. Fergie canta com o super astro em "Beat It 2008", produzida pelo companheiro de Black Eyed Peas.

Kanye West é o último "estranho no ninho" com sua "Billie Jean 2008". Sem exceção, em todos os casos, as versões originais são melhores. No lançamento do ano passado ainda aparece uma faixa descartada nas gravações de 1982: "For All Time", uma balada cujo o maior interesse é o fator histórico. Mas essa não chega a ser ruim.

O DVD bônus com os clipes de "Billie Jean", "Beat It" e "Thriller" ganha corpo com a lendária apresentação de Michael Jackson de "Billie Jean" no especial "Motown 25: Yesterday, Today and Forever". É nesse palco que o astro faz pela primeira vez seu moonwalk.

Dados do álbum

Cantor: Michael Jackson
Nome: Thriller 25th Anniversary Edition
Ano: 2008

Músicas:
1. Wanna Be Startin' Somethin'
2. Baby Be Mine
3. The Girl Is Mine (com Paul McCartney)
4. Thriller
5. Beat It
6. Billie Jean
7. Human Nature
8. P.Y.T.
9. The Lady In My Life
10. Vincent Price Excerpt (Voice-Over Session)
11. The Girl Is Mine 2008 (com Will.i.am)
12. P.Y.T. 2008 (com Will.i.am)
13. Wanna Be Startin' Somethin' 2008 (com Akon)
14. Beat It 2008 (com Fergie)
15. Billie Jean 2008 (Kayne West mix)
16. For All Time (música inédita)

DVD
1. Billie Jean
2. Beat It
3. Thriller
4. Billie Jean - The Legendary Performance from Motown 25: Yesterday, Today and Forever

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

"Acústico MTV Bandas Gaúchas"


Em 2005, a Music Television (MTV) brasileira tentou inserir algumas bandas gaúchas no rock nacional. Dos quatro escolhidos para esse especial, Bidê ou Balde, Cachorro Grande, Ultramen e Wander Wildner, o único que realmente vingou foi o som mais antigo da Cachorro Grande. Foi interessante a participação de ícones como Roger, Falcão e Paulo Miklos.

Bidê ou Balde teve um brilhareco com "Melissa", que nesse especial conta com a participação especial de Roger Moreira, do Ultraje A Rigor. Aliás, a banda que abre o especial tem destaque por apresentar as melhores composições "Microondas", "Bromélias", "Mesmo Que Mude", além da já citada.

Na seqüência do show, entram os "loucos" da Cachorro Grande. Com seu estilo mais largado, eles apresentam a gritaria de "Hey Amigo", a calmaria de "Que Loucura", a de letra interessante "Dia Perfeito", com participação especial de Paulo Miklos, do Titãs, "Sexperienced" e "O Dia de Amanhã".

O grupo mais deslocado desse especial é o Ultramen, que, como outros já fizeram, detonou com o formato ao trazer um DJ, cometendo o mesmo erro de Charlie Brown Jr. e O Rappa em seus respectivos "acústicos". A banda dos ultramanos fez sucesso comercial com "Máquina do Tempo", presente aqui, e só.

No especial, eles tocam ainda o puxado para o rap "Ultramanos", "Santo Forte", "Preserve" e "Dívida", em interessante participação especial de Falcão, do O Rappa.

Para fechar, o canal de TV escolheu uma das maiores estrelas do rock gaúcho entre os quase famosos, e ser quase famoso aqui não tem nada de perjorativo. É simplesmente o que é. Wander Wildner traz o seu punk brega em versão light para demonstrar grandes e ultrajantes canções como "Eu Não Consigo Ser Alegre o Tempo Inteiro", "Eu Tenho Uma Camiseta Escrita Eu Te Amo" e "Mantra das Possibilidades".

Entre as faixas mais lights está "Bebendo Vinho", que chegou a ganhar uma versão do Ira! anos atrás, e "No Ritmo da Vida", que encerra o disco e Wander Wildner dedica ao produtor Tom Capone, que morreu em Los Angeles num acidente de moto quando receberia um Grammy em 2004.

Dados da coletânea

Bandas: Bidê ou Balde, Cachorro Grande, Ultramen e Wander Wildner
Nome: Acústico MTV Bandas Gaúchas
Ano: 2005

Músicas
1. Microondas - Bidê ou Balde
2. Melissa - Bidê ou Balde com Roger do Ultraje A Rigor
3. Bromélias - Bidê ou Balde
4. Mesmo que Mude - Bidê ou Balde
5. Hey Amigo - Cachorro Grande
6. Que Loucura! - Cachorro Grande
7. Dia Perfeito - Cachorro Grande com Paulo Miklos do Titãs
8. Sexperienced - Cachorro Grande
9. O Dia de Amanhã - Cachorro Grande
10. Ultramanos - Ultramen
11. Dívida - Ultramen com Falcão do O Rappa
12. Máquina do Tempo - Ultramen
13. Santo Forte - Ultramen
14. Preserve - Ultramen
15. Eu Não Consigo Ser Alegre o Tempo Inteiro - Wander Wildner
16. Bebendo Vinho - Wander Wildner
17. Eu Tenho uma Camiseta Escrita Eu Te Amo - Wander Wildner
18. Mantra de Possibilidades - Wander Wildner
19. No Ritmo de Vida - Wander Wildner

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Madonna - "Celebration"


Simplesmente completo. É dessa forma que podemos definir com clareza o novo DVD de Madonna, "Celebration", lançado nesse ano de 2009. Nele estão clipes de todos os singles que tiveram algum vídeo feito para esse fim. Desde o primeiro sucesso "Burning Up", de 1983, até o até então inédito "Celebration". Está tudo lá. São dois DVDs que somam 47 faixas. Esqueça seu lançamento anterior do gênero, o "Video Collection 1993-1999", está tudo aqui.

Os clipes estão em ordem cronológica. Do primeiro disco, posso destacar "Like A Virgin", "Material Girl" (onde imita passo por passo Marilyn Monroe), "Live To Tell", "Papa Don't Preach", "La Isla Bonita" (em que aparece vestida para dançar flamenco), "Like A Prayer" (polêmico vídeo na época porque a cantora aparece tendo affair com uma representação de Jesus), "Cherish", "Vogue" e "Erotica" (o mais polêmico de todos em sua fase mais sexual).

O segundo disco tem clipes mais conhecidos para os fãs mais jovens e desse destaco "Secret", "Ray Of Light", "The Power Of Good-Bye" (com uma excelente fotografia), "Beautiful Stranger", "Don't Tell Me" (em virtude de toda a áurea country), "What It Feels Like For A Girl" (em versão mais dançante do que a do disco em que foi lançada, "Music", de 2000, e também muito polêmica), "Die Another Day", "Love Profusion", "Hung Up", "Sorry", "Get Together", "Give It 2 Me" e "Celebration".

Além destes, "Miles Away" é uma junção de imagens da turnê da cantora pelo mundo. Essa que passou inclusive pelo Brasil com shows em São Paulo e Rio de Janeiro no final do ano passado.

* PS. Só depois de algum tempo percebi que falta um vídeo importante nessa coletânea: "American Life". Mas de qualquer forma, esse é o DVD mais completo lançado até agora da Madonna.


Dados do DVD

Cantora: Madonna
Nome: Celebration
Ano: 2009

Clipes:

CD 1
1. Burning Up
2. Lucky Star
3. Borderline
4. Like a Virgin
5. Material Girl
6. Crazy for You
7. Into the Groove
8. Live to Tell
9. Paper Don´t Preach
10. True Blue
11. Open Your Heart
12. La Isla Bonita
13. Who´s That Girl
14. Like a Prayer
15. Express Yourself
16. Cherish
17. Vogue
18. Justify My Love
19. Erotica
20. Deeper And Deeper
21. Rain
22. I'll Remember

CD 2
1. Secret
2. Take a Bow
3. Bedtime Story
4. Human Nature
5. I Want You
6. You´ll See
7. Frozen
8. Ray of Light
9. The Power of Good-Bye
10. Beautiful Stranger
11. American Pie
12. Music
13. Don´t Tell Me
14. What It Feels Like for a Girl
15. Die Another Day
16. Hollywood
17. Love Profusion
18. Hung Up
19. Sorry
20. Get Together
21. Jump
22. 4 Minutes
23. Give It 2 Me
24. Miles Away
25. Celebration

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Canela Brasil - "Aqui Ou Lá"


A banda joinvilense Canela Brasil montada pelos remanescentes da Canela Preta tem em seu CD "Aqui Ou Lá" uma bela produção com um som de qualidade. Lançado em 2005, o disco junta algumas canções bem rock, como "O Que Fica", a outras com mais influências regionais, como na faixa "Aqui Ou Lá". Fica bem característica a mistura de influências que vão desde Pink Floyd, O Rappa até Zé Ramalho e Gilberto Gil.

Nota-se essa disposição pelas versões disponibilizadas no site oficial www.canelabrasil.com: O Rappa, "O Que Sobrou do Céu"; Zé Ramalho, "Vila do Sossego"; e Gilberto Gil, "Esotérico". Esse último num ritmo à Raul Seixas. Da mesma forma, as composições próprias liberadas são "O Que Fica", "Aqui Ou Lá", "Brinquedos da China", "Santo Caminho" e "Quando Eu Parti".

No som e no visual do clipe de "O Que Fica" há uma forte áurea de Foo Fighters. A animação do começo e do final remetem aos vídeos do Linkin Park. A iluminação e as tomadas da Canela Brasil em ação lembram "All My Life" da banda de Dave Grohl. A produção tem espaço ainda para inserções road movie. Confira: http://www.youtube.com/watch?v=VQWdmGqWdAo.

A formação da Canela Brasil mudou desde o lançamento do disco. Hoje, o grupo é formado por Anderson Dresch, guitarra, violão, harmônica e vocal; Kleber Dresch, teclados e samplers; Tiago Luís, bateria; e Douglas Bifarone, baixo.

Dados do álbum

Banda: Canela Brasil
Nome: Aqui Ou Lá
Ano: 2005

Músicas
1.Brinquedos Da China
2.O Que Fica
3.Santo Caminho
4.É Li
5.Aqui Ou Lá
6.Único Indivíduo
7.Quando Eu Parti
8.Dias Secos
9.Silêncio No Mato
10.Borderline
11.Intro
12.Simples Presídio
13.Íris Da Alma
14.Infinito

terça-feira, 13 de outubro de 2009

"Zohan - O Agente Bom de Corte" e "Minhas Adoráveis Ex-Namoradas"


É engraçado como o sexo é estereotipado de várias maneiras em diversos filmes de Hollywood. Hoje, vou tomar como exemplo duas produções bastante diferentes: a comédia esdrúxula "Zohan - Um Agente Bom de Corte", de 2008, com direção de Dennis Dugan, e com a mão de Adam Sandler, como estrela e um dos produtores; e a comédia romântica "Minhas Adoráveis Ex-Namoradas", de 2009, do diretor Mark Waters, com Matthew McConaughey e Jennifer Garner.

Em "Zohan - Um Agente Bom de Corte", cujo título original é "You Don't Mess With The Zohan", Adam Sandler faz um agente antiterrorista super poderoso de Israel que sonha em ser cabeleireiro. A questão é que o personagem principal não demonstra o menor respeito pelas mulheres, falando de sexo de forma grosseira a todo o momento. Aliás, essa questão, que nem está na sinopse do filme, não agrega nada à história e tenta somente conseguir mais algumas piadas.

Em "Minhas Adoráveis Ex-Namoradas", originalmente "The Ghosts Of Girlfriends Past", o sexo surge no personagem principal como uma válvula de escape para seus problemas. O rapaz é um garanhão, mas no fundo só tenta se esquecer de um coração partido. Isso nota-se no começo da produção e o final não se torna segredo nenhum. Desfecho, aliás, que é entregue logo no início para qualquer um que tenha um mínimo de inteligência.

Então, percebe-se que há formas diferentes de tratar o assunto. Em "Zohan", ele é totalmente descartável, nos dois sentidos. Tanto no próprio enredo, em que o sexo é supervalorizado, de forma até ignorante; quanto numa visão mais global em relação ao seu real significado dentro da trama.

Já em "Minhas Adoráveis...", ele faz parte da história de forma inteligente. Está certo que essa comédia romântica não é das melhores, mas cumpre bem o seu papel em deixar as mulheres satisfeitas com relação ao amor. Podemos dizer que esse filme até é "alugável", enquanto que "Zohan" não merece nem a perda de tempo.



Dados dos filmes

"Zohan - Um Agente Bom de Corte"
título original: You Don't Mess with the Zohan
gênero: Comédia
duração: 1h53min
ano de lançamento: 2008
direção: Dennis Dugan
produção: Jack Giarraputo e Adam Sandler
atores: Adam Sandler, John Turturro, Rob Schneider, Dave Matthews, Chris Rock, Mariah Carey

"Minhas Adoráveis Ex-Namoradas"
título original: Ghosts of Girlfriends Past
gênero: Comédia Romântica
duração: 1h40min
ano de lançamento: 2009
direção: Mark Waters
produção: Brad Epstein e Jonathan Shestack
atores: Matthew McConaughey, Jennifer Garner, Michael Douglas

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Creedence Clearwater Revival - "Best Of"


Não sei até onde é relevante mais uma coletânea do Creedence Clearwater Revival. A qualidade do som da banda estadounidense é inegável, porém os discos "Chronicle Vol. 1", de 1976, (veja em http://fotolog.terra.com.br/classicosdamusica:29) e "Chronicle Vol. 2", de 1986, (veja em http://ocaminhantenoturno.blogspot.com/2008/03/creedence-clearwater-revival-chronicle.html) já suprem bem a necessidade de se juntar os maiores sucessos do grupo em um lançamento.

Esse "Best Of", lançado em 2008, é duplo, portanto dois CDs. Da mesma forma que se fosse comprar os "Chronicles". No caso da nova coletânea, o primeiro disco traz 24 faixas, o que inclui as gravações originais de excelentes canções como "Travelin' Band", "Have You Ever Seen The Rain", "Fortunate Son", "Who'll Stop The Rain" e muitas outras.

O diferencial nesse caso é a versão bem mais curta de "I Heard It Through The Grapevine". Enquanto que originalmente a versão rockeira do sucesso de Marvin Gaye tinha 11 minutos, em "Best Of" ela tem apenas pouco mais de 3. Fora isso, o primeiro disco do lançamento duplo não tem nenhuma novidade em relação às coletâneas mais antigas.

Já o segundo disco apresenta 14 faixas gravadas ao vivo em 1970. A grande maioria delas se repete, com exceção de "Tombstone Shadow", "Don't Look Now", "Commotion", "Night Time Is The Right Time" e "Keep On Chooglin'". Até algumas dessas não estão nas coletâneas anteriores.

Para quem entende inglês, o texto de Phil Alexander, editor-chefe da revista Mojo, de Londres, na Inglaterra, resume bem a história do Creedence Clearwater Revival. Formada por John Fogerty, vocal e guitarra; Tom Fogerty, guitarra; Stu Cook, baixo; e Doug Clifford, bateria, a banda durou pouco mais de 12 anos no total, incluindo a fase desconhecida.

Entre 1968 e 1972, sua fase áurea e de sucesso, eles lançaram todos os seus sete discos de estúdio. Criando clássicos e versões de músicas conhecidas mais antigas a cada seis meses. É interessante notar que a banda fazia um redescobrimento das canções, como o próprio nome dela já diz: "Revival".

Essa era a intenção mesmo. Trouxeram o rock de volta ao seu estilo pós-Elvis. Com suas influências, criaram a maior expressão do country-rock já existente. É importante notar que vários de seus sucessos já eram consagrados, como "I Put A Spell On You", de Jay Hawkins; "Midnight Special", de Ledbelly; e "Hello Mary Lou", de Ricky Nelson.

É inegável a importância do Creedence Clearwater Revival para a história do rock. Além da qualidade das canções, eles trouxeram um novo respiro para o rock and roll. Para quem não conhece nada do grupo, vale a pena comprar ou os dois "Chronicles" ou esse "Best Of". Para quem já tem todas as músicas, só vale a pena se quer ter mais um para a coleção. Caso contrário, não precisa gastar dinheiro.


Dados da coletânea

Banda: Creedence Clearwater Revival
Nome: Best Of
Ano: 2008

CD 1 - Creedence Clearwater Revival - Best Of
1. Bad Moon Rising
2. Born On The Bayou
3. Proud Mary
4. Travelin' Band
5. Have You Ever Seen The Rain
6. Green River
7. Down On The Corner
8. Lodi
9. Fortunate Son
10. Lookin' Out My Back Door
11. Run Through The Jungle
12. I Put A Spell On You
13. Susie Q
14. Sweet Hitch-Hiker
15. It Came Out Of The Sky
16. Who'll Stop The Rain
17. I Heard It Through
18. Hey Tonight
19. Cotton Fields
20. Long As I Can See The Light
21. Molina
22. Hello Mary Lou
23. The Midnight Special
24. Up Around The Bend

CD 2 - Creedence Clearwater Revival - Best Of (Ao Vivo)
1. Born On The Bayou
2. Green River
3. Tombstone Shadow
4. Don't Look Now
5. Travelin' Band
6. Who'll Stop The Rain
7. Bad Moon Rising
8. Proud Mary
9. Fortunate Son
10. Commotion
11. The Midnight Special
12. Night Time Is The Right Time
13. Down On The Corner
14. Keep On Chooglin'

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Seu Jorge - "The Life Aquatic Studio Sessions"


Seu Jorge é um cantor brasileiro que tem contato com grandes astros de Hollywood. Isso se deve em grande parte por seu trabalho na produção nacional "Cidade de Deus", de 2002, do diretor Fernando Meirelles, com seu papel Mané Galinha. Desta forma, em 2004, ele foi parar na produção "Vida Marinha com Stevie Zissou", originalmente "The Life Aquatic with Steve Zissou", do diretor Wes Anderson, ao lado de estrelas como Bill Murray, Owen Wilson, Cate Blanchett e Willem Dafoe. No filme, seu personagem tinha o curioso nome de Pelé dos Santos e aparecia várias vezes tocando violão.

Bill Murray e Willem Dafoe, inclusive, participaram do clipe de "Tive Razão", do segundo disco "Cru", lançado em 2004. Desta forma, muito bem acompanhado, Seu Jorge gravou "The Life Aquatic Studio Sessions" com versões em português para canções de David Bowie. Apenas a última faixa, "Team Zissou", é uma composição pura do brasileiro.

O disco, que funciona, como uma trilha sonora do filme, inclui versões para sucessos como "Life On Mars?", "Ziggy Stardust", "Rebel Rebel" e "Rock N' Roll Suicide". Tem espaço até para a criação da banda gaúcha de pop-rock Nenhum de Nós em cima de "Starman", que ficou "Astronauta de Prata". Só que nos créditos, aparecem somente os títulos originais.

As músicas são todas tocadas em voz e violão somente por Seu Jorge. O que monta um excelente disco relax. Assim como já o era "Cru". Interessante que entre os agradecimentos, a parte de "Special thanks to" tem vários nomes, incluindo aí o próprio David Bowie, e no local "Seu Jorge thanks" há somente uma citação: Nenhum de Nós.

Enquanto que o filme é de 2004, a coletânea "The Life Aquatic Studio Sessions" saiu somente no ano seguinte. No encarte, David Bowie faz a seguinte citação: "Caso Seu Jorge não tivesse gravado minhas canções em versão acústica em português, eu nunca teria ouvido esse novo nível de beleza que ele impregnou nelas".

Dados do Álbum

Cantor: Seu Jorge
Nome: The Life Aquatic Studio Sessions
Ano: 2005
Produtores: Wes Anderson e Randall Poster

Músicas
1. Rebel Rebel
2. Life on Mars?
3. Starman
4. Ziggy Stardust
5. Lady Stardust
6. Changes
7. Oh! You Pretty Things
8. Rock N' Roll Suicide
9. Suffragette City
10. Five Years
11. Queen Bitch
12. When I Live My Dream
13. Quicksand
14. Team Zissou

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Foo Fighters - "Skin And Bones"


Então, Dave Grohl resolveu voltar ao formato acústico. Depois de ficar no fundo do palco no "MTV Unplugged in New York", do Nirvana, de 1993, o ex-baterista e agora vocalista e guitarrista toma a frente de sua banda Foo Fighters e apresenta alguns dos grandes sucessos do grupo. De certa forma, ele segue a mesma linha da lenda dos anos 1990, que realizou um show fazendo questão de deixar importantes canções de fora, incluindo aí até o maior hit "Smells Like Teen Spirit", do álbum "Nevermind", de 1991.

Em "Skin And Bones", de 2006, o Foo Fighters, formado também por Taylor Hawkins, Nate Mendel e Chris Shiflett, mostra que incorporou bem o clima de calmaria com novas versões para rockões, como "My Hero" e "Everlong". Músicas lentas originalmente também estão presentes, como "Walking After You" e "Next Year". Destaque para a versão visceral em voz e violão de "Best Of You".

"Skin And Bones" foi gravado durante a turnê de "In Your Honor", de 2005, e tem a participação dos músicos Petra Haden, violino, mandolin e vocais; Drew Hester, percussão; Rami Jaffen, piano, melotron e órgão; Pat Smear, violão e guitarra; e, ainda, Danny Clinch, harmônica em "Another Round". Clinch também é produtor do álbum.

Além de "Best Of You", as canções "Friend of a Friend" e "Everlong" são tocadas voz e violão somente por Dave Grohl. "Skin And Bones" tem uma versão em CD e outra em DVD. Essa última apresenta seis faixas a mais: "Friend of a Friend", "On The Mend", "Still", "See You", "What If I Do?" e "Ain't It The Life".

Dados do álbum

Banda: Foo Fighters
Nome: Skin And Bones
Ano: 2006

Músicas
1. Razor
2. Over and Out
3. Walking After You
4. Marigold
5. My Hero
6. Next Year
7. Another Round
8. Big Me
9. Cold Day in the Sun
10. Skin and Bones
11. February Stars
12. Times Like These
13. Friend of a Friend
14. Best of You
15. Everlong

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Linkin Park - "Minutes to Midnight"


É inegável que em "Minutes to Midnight", de 2007, o Linkin Park está mais pop do que nunca. Ok, o disco ao lado de Jay-Z, chamado "Collision Course", de 2004, também tem um forte tempero popular, mas certas faixas de "Minutes...", como "Leave Out All The Rest" e "Shadow Of The Day", nunca fariam parte do set list da banda que lançou "Hybrid Theory", 2000; e "Meteora", 2003. O grupo é formado por Chester Bennington, vocal e guitarra; Mike Shinoda, vocal, guitarra e piano; Brad Delson, guitarra; Dave Farrel, baixo; Rob Bourdon, bateria; e Joe Hahn, DJ.

Fica visível que alguma coisa mudou. Nesse caso, acredito que essa sonoridade tenha o dedo do produtor Rick Rubin, que já trabalhou com artistas tão díspares quanto LL Cool J, Beastie Boys, Slayer, Red Hot Chili Peppers, Johnny Cash, System Of A Down, Sheryl Crow, Shakira, Audioslave, Justin Timberlake, Metallica, Weezer e Bob Dylan.

Em "Bleed It Out", parece que a banda e o produtor tentaram ser dançantes até com direito a palmas no ritmo da bateria... Não é necessariamente ruim, mas fica estranho por ser o Linkin Park, principalmente considerando antigos sucessos como "Crawling", de "Hybrid Theory", e "Numb", de "Meteora".

Aliás, isso faz me lembrar de outra grande diferença no som. O vocalista Chester Bennington não se rasga tanto ao soltar a voz quanto antes. Nesse caso, acredito que isso é uma forma de ele se manter e proteger. Ainda mais quando você vê como ficou ruim para alguns cantores que antes se esgoelavam, como Robert Plant, do Led Zeppelin. Hoje, ele não alcança mais as mesmas notas.

O single "What I've Done" demonstra exatamente aquilo que o Linkin Park queria mostrar. Algo do gênero: "Mudamos! Percebam como nossa música está diferente. Mas, não está tão diferente assim. Ainda temos as guitarras distorcidas e algo de pesado". Visualmente o videoclipe da faixa e a capa de "Minutes to Midnight" abusam do branco, cor praticamente inexistente para a banda até então.

A conclusão que se pode tirar é que realmente o Linkin Park está em um novo momento. Apesar de alguns lampejos de antigamente, como em "No More Sorrow", as músicas calmas também já aparecem, como "In Between". E existem meios termos como "Valentine's Day". O disco "Minutes to Midnight" não é ruim, mas também não supera "Hybrid Theory".

Dados do álbum

Banda: Linkin Park
Nome: Minutes to Midnight
Ano: 2007
Produtores: Rick Rubin e Mike Shinoda

Músicas
1. Wake
2. Given Up
3. Leave Out All The Rest
4. Bleed It Out
5. Shadow Of The Day
6. What I've Done
7. Hands Held High
8. No More Sorrow
9. Valentine's Day
10. In Between
11. In Pieces
12. The Little Things Give You Away

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Ramirez - "Desembarque"


Após já ter feito sucesso com "Matriz", a banda Ramirez se mostra um dos principais expoentes do novo rock brasileiro. Num tom bastante romântico, evidenciado na voz de Thiago Pedallino, também responsável por uma das guitarras, o grupo mostra qualidade em canções como "Em Roma e Lyon" e "Countrycore". No novo álbum, intitulado "Desembarque", eles conseguem se posicionar de uma forma diferente até então. Já explico isso...

É o seguinte: principalmente nessa música "Matriz", era muito fácil confundir a Ramirez com outras bandas e até mesmo com o Los Hermanos do primeiro CD. Então, nesse novo "Desembarque", o grupo foge do comum "love hardcore" de Fresno, NX Zero e CPM 22. Além do vocalista e guitarrista Thiago Pedallino, a banda é formada por Pedro Curvello, guitarra e voz; Frank Dias, baixo e voz; e Matheus Giacomo, bateria.

O melhor ainda é que o próprio Ramirez liberou o novo disco para download no seu site oficial, o http://ramirez.art.br. Então, quem quiser baixar o "Desembarque" não precisa apelar para sites alternativos. Seja esperto e vá direto ao oficial! Só para constar, a banda se auto intitula indie e tem influências de Beatles, Weezer, Roberto Carlos, Renato & Seus Blue Caps, Fountains of Wayne, Ash e Ataris.

A influência de Beatles não conta, afinal todo mundo que toca que guitarra que se preze tem que ter um pezinho nos Fab Four. O citado Weezer se mostra diretamente nas novas canções da banda. Até mesmo pela junção de guitarra distorcidas com uma voz masculina e ao mesmo tempo doce, assim como o vocalista norte-americano Rivers Cuomo.

Acredito que Roberto Carlos e Renato & Seus Blue Caps tenham mais influência no novo visual dos garotos do que na música em si. As letras românticas puxam bem esse lado Jovem Guarda, mas o som definitivamente está mais para Weezer.

Considerando os prós e os contras, vale a pena passar no site do Ramirez e baixar o álbum. Tem até encarte disponível! Com certeza, esses cariocas têm mais qualidade no som do que muita gente por aí.

Dados do álbum

Artista: Ramirez
Nome: Desembarque
Ano: 2008

Músicas
1. Não Sou Um Só
2. Aproveitar O Que Perdi
3. Desfile de Motivos
4. Bem Quiser
5. Sophia
6. Countrycore
7. Em Roma e Lyon
8. Desenhos
9. Você Foi Longe Demais
10. O Melhor Do Que Há Pra Nós
11. Frustrações Infantis
12. Novos Tempos