quarta-feira, 4 de novembro de 2009

"Wall-E"


Ultimamente, as melhores produções lançadas são, em geral, animações. "Procurando Nemo", de 2003, "Monstros S.A.", de 2001; e "Os Incríveis", de 2004, são alguns exemplos disso. Dentro dessa linha, surge o vencedor do Oscar de melhor animação desse ano: "Wall-E". Lançado em 2008, o filme conta a história do último remanescente de uma espécie de robôs que tem a tarefa de limpar. Sozinho no mundo, ele faz o seu trabalho diariamente. Sua "vida" muda quanto um novo ser de metal aparece, intitulado "Eva", e ele se apaixona.

"Wall-E" ganha já por seus gráficos visuais. O pessoal comandado pelo diretor Andrew Stanton, de "Procurando Nemo", "Ratatouille" e todos os principais lançamentos da Pixar, está melhorando cada vez mais suas técnicas. As imagens estão cada vez mais deslumbrantes. É isso que vemos em "Wall-E".

Porém a produção não se limita ao visual. A história vai contagiando o espectador, que se sente cada vez mais interessado pelo que acontece. Os produtores conseguiram introduzir bem a ideia de mundo do futuro, são 700 anos à frente, como se descobre depois. Quem assiste consegue adentrar ao universo do robozinho e entender como as coisas acontecem de uma forma bem fácil.

Fica nítido o espanto do robô ao receber a visitante Eva. De uma forma rápida, direta e bem funcional, o enredo se desenvolve sem atropelos e sem "encher linguiça". Wall-E sofre uma profunda transformação em seu mundo, inclusive quando o contato com os humanos surge.

Aliás, o futuro do ser humano é algo bem possível. Em 700 anos, as pessoas teriam deixado de caminhar, sendo transportadas por uma espécie de cadeira de rodas sem rodinhas. Tudo que se pede, um robô traz. A alimentação se torna um líquido pastoso com os nutrientes necessários.

Sem mobilidade, as pessoas se tornam obesas. Com o desenvolvimento das tecnologias, todos andam com mini-telas em sua frente, em que entram em contato com seus amigos. E, assim, deixam de prestar atenção ao seu mundo. É um futuro de certa forma sombrio, mas apresentado de uma forma bem leve, afinal, essa é uma produção infantil.

Existe a crítica em relação ao futuro do planeta Terra, que se tornou um imenso lixão, assim como as milhares de bugigangas tecnológicas na órbita do planeta. É tudo bastante possível. Dá para perceber que o que é mostrado no filme realmente pode acontecer.

Então, diante da excelente qualidade visual, incluindo um enredo interessante e bem desenvolvido, e ainda somando uma crítica contundente apresentada de forma leve, o filme "Wall-E" é uma interessante escolha. Não é preciso ter filhos para gostar. Recomendável para crianças e adultos.

Dados do filme

"Wall-E"

título original: "Wall-E"
gênero: animação
duração: 98 minutos
ano de lançamento: 2008
direção: Andrew Stanton

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